Pacientes acometidos por metástases ósseas e que sofrem com dores severas contam atualmente com uma cirurgia minimamente invasiva que garante maior eficácia, segurança e precisão no tratamento. A apresentação do procedimento de ablação por radiofrequência, para ortopedistas, neurocirurgiões, radiologistas intervencionistas e ortopedistas oncológicos, foi realizada pelo radiologista intervencionista Bernardo Caetano da Silva (RJ), em um jantar científico, promovido pela Medicicor, realizado no dia 22 de setembro, no Restaurante Pedra do Mar.
O procedimento, que utiliza o Sistema de Ablação RF Osteocool e Kits de acesso ósseo, tornou-se um dos grandes avanços e uma importante arma terapêutica no tratamento do câncer com metástase óssea. A técnica “baseia-se num sistema de ablação por radiofrequência bipolar localizada que destrói as células tumorais, aliviando a dor e melhorando a qualidade de vida dos doentes”, revela o especialista Bernardo Caetano, que também é Coordenador do Hospital Federal de Ipanema.
O médico acrescentou ainda, que “os resultados da cirurgia são extraordinários, com benefícios consideráveis para o doente e sua família. O alívio imediato da dor já é sentido quatro semanas após o tratamento, melhorando assim a qualidade de vida e mobilidade do paciente”. Tendo em conta que as metástases ósseas ocorrem em cerca de 60 a 80% dos doentes com câncer, é esperado que esta cirurgia consiga ajudar muitos doentes.
Estas metástases ósseas são os tumores que mais frequentemente afetam a coluna vertebral e resultam da disseminação proveniente de neoplasias localizadas noutras partes do corpo como o pulmão, mama, próstata, rim ou aparelho digestivo.
“As metástases causam dor intensa e de agravamento progressivo, sendo muitas vezes acompanhadas de outros sintomas que reduzem drasticamente a qualidade de vida dos doentes, culminando numa marcada impotência funcional nas tarefas diárias e dependência de terceiros”, explica o médico.
Segundo Carlos Rosado, da Medtronic, a nova técnica cirúrgica constitui uma alternativa aos tratamentos convencionais, “que incluem cirurgias mais agressivas e com prolongados tempos de recuperação ou esquemas de paliação da dor muitas vezes ineficazes e com efeitos colaterais nefastos”, avaliou.
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